Natureza(s) Hibridas

Edson Fialho

A cidade de Outro Preto, por estar inserido no quadrilátero ferrífero, atraiu muitos interessados na lavra do ouro, no período colonial, onde as estradas eram as trilhas e os montes servia de marcos da espacialidade, como o pico do Itacolomi ao fundo da imagem. Dentre estas estradas, se construiu a rota da chamada Estrada Real, por onde o produto da mineração era escoado até o Rio de Janeiro. 

Neste período, a cidade se desenvolveu com base no estilo barroco, entremeadas de ruas estreitas, que perduram até os dias de hoje. E que por isto, auxiliou a cidade a se transformar em um patrimônio da humanidade. Mas, como preservar um bem histórico, dentro da necessidade dinâmica de uma cidade, que pulsa e se transforma, ao mesmo tempo, que deve ser preservada. Além disso, as encostas, em grande parte cunhadas pelo quartzito, que dificulta a percolação da água da chuva, ocasiona eventos de deslizamentos de terra em cadeia, como ocorrido em janeiro do ano corrente, que destruiu um dos casarões do período colonial.

Como se vê, a convivência em uma paisagem patrimônio não é tão singela e contemplativa. É intensa, tensa e conflituosa, na medida em que, há que se gerenciar atividades e interesses de tempos distintos, que convivem entre as rugosidades espaciais, que antes eram orgulho, mas, que hoje são óbices a modernização de serviços de infraestrutura.

A dualidade da questão inerente a relação sociedade e natureza, implica discutir a própria noção de porvir da humanidade, suas opções e caminhos a seguir, um mundo, cada vez mais fragmentação, embora articulado, dentro de uma lógica do capitalismo tardio. 

Formas e cores dinamizando o território

Leandra Eduarda Fabri Rezende 

Céu azul e repleto de nuvens colossais, quase se assemelhando às fotografias de cartões postais. Logo em seguida, tem-se os contornos vegetacionais trazendo para paisagem a vida, o verde, e muito mais. Espalhadas para todas as direções notam-se as casas, as lojas e os barracões, igualmente diversos em suas colorações. Bem ali, logo no centro, vemos um grandioso ponto amarelo de telhado alaranjado, com sua arquitetura que por vezes provoca certo encanto, no topo da paisagem se localiza o Santuário Divino Espírito Santo. Mas não acaba por aí, ainda podemos observar o espaço geográfico contendo carros, pedestres e animais, demonstrando assim as intrínsecas relações sociais. Variados elementos em distintas escalas espaciais de análise, cada qual com sua forma, cada qual com sua cor, revelando o território de Ribeirão do Pinhal - PR em todo seu magnífico esplendor.

Amanhecer em cores

Igor Henrique Palmar

A imagem registrada é composta por algumas características, entre elas estão o Rio Paranapanema, Atividades Agrícolas e Urbanização.

Minha inspiração para esta Foto foram os fatores humanos, agrícolas e o bioma, pois podemos observar a forte presença de lavouras devido a facilidade em obter recursos hídricos provenientes do Rio Paranapanema, outro fator para se observar é forte presença de arvores em torno da cidade o que a torna muito arborizada e por último, mas não menos importante é a cidade em si que cresce conforme o seu ritmo próprio.

Esta é a Pequena cidade do Município de Primeiro de Maio que fica situada no extremo Norte do Estado do Paraná, é uma das cidades mais bonitas simples que tive a oportunidade de conhecer, a foto mostra por si só a beleza da paisagem que temos nas pequenas Cidades do nosso Estado.

Desconstrução centro de Londrina

Raíssa Bessa

Os espaços abandonados em Londrina por vezes se transformam em desconstruções, passando pelo processo de demolição e apagamento da história do lugar. Nesta fotografia, foi realizado o registro de uma desconstrução no início da Rua Paraíba, em frente a Praça Quinze de Novembro. A imagem marca um contraste entre as histórias que se perdem da cidade e os edifícios verticais ao fundo, o que não vai mais existir e o que permanece.

A fotografia é emoldurada por um retângulo, onde antes existia uma esquadria, além de tijolos empilhados, paredes descascadas, uma cobertura desmoronando ao fundo, edifícios residenciais verticais e o famoso céu de Londrina ainda que estático na imagem, destaca movimento com as nuvens que passam, assim como a construção ali passou. Mas o que fica é a questão: que histórias existiam antes de este lugar se tornar uma desconstrução?

Itaim Paulista e Habitações do Tietê

Filipe Barbosa de Lima

No bairro Itaim Paulista, extremo Leste da cidade de São Paulo podemos ver um canal do rio Tietê, um dos mais conhecidos justamente pela poluição na região metropolitana de São Paulo. Um bairro que cresceu de forma desordenada com suas casas no limite do rio Tietê. Alguns protegidos e outros na maior vulnerabilidade do descaso público. Casas com o fundo para o rio e o esgoto e outros tipos de dejetos além do lixo. Do outro lado um muro que protegem moradores de situações até mesmo da cheia. Observamos também as características de habitação sem revestimento. A imagem em preto e branco conseguimos muitas informações porque buscamos os detalhes nela.